Consórcio de cooperativas financeiras é protagonista do projeto-piloto da moeda digital.

O Drex (real digital), moeda virtual brasileira, pode promover ganhos significativos para o país, segundo o  diretor de inovação e estratégia da Fenasbac, Rodrigo Henriques. “É um movimento que vai além da moeda digital, uma possibilidade de criar novos serviços financeiros com mais agilidade e segurança”. 

A análise foi feita durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred), no Painel Drex e Tokenização, que também contou com a participação do  superintendente de Tecnologia da Informação e Arquitetura e Governança de TI do Sicoob, Márcio Alexandre; do consultor de Tecnologia e Negócios do Sicred, Fabrício Reis Furtado; e do cientista-chefe e CTO da Avanade, Courtnay Nery Guimarães. 

Desenvolvido pelo Banco Central desde 2020, o Drex tem o mesmo valor e as mesmas garantias de segurança do real tradicional e vai viabilizar transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes. Os serviços financeiros com o Drex serão serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central, em um ambiente regulado, ao contrário dos bitcoins.

Para ter acesso à Plataforma Drex, os usuários precisarão de um intermediário financeiro autorizado, e as cooperativas brasileiras já estão se preparando para essa atuação.

“O Drex deverá impactar completamente o sistema financeiro quando começar a circular. O nosso país tem um Banco Central referência para todo o mundo, e iniciativas como o Drex e o PIX são reconhecidas e aplaudidas”, afirmou o representante do Sicoob, Márcio Alexandre. 

Atualmente, o Drex está em sua segunda etapa de testes, na qual as instituições financeiras que participam do projeto-piloto vão propor aplicações práticas para a novidade. As cooperativas estão bem representadas no grupo pelo SFCoop, um consórcio formado pelo Sicoob, Sicredi, Central Ailos, Cresol e Unicred

A previsão oficial do Banco Central é que as transações com a moeda digital brasileira sejam disponibilizadas ao público em 2025. 

O Drex é um exemplo de tokenização, ou seja, transformação de um ativo real em um ativo digital, um token. Para os participantes do painel do 15º Concred, essa tecnologia é cada vez mais relevante para o mercado financeiro e vai viabilizar um novo padrão de segurança nas transações, com benefícios diretos para as cooperativas de crédito. 

“A tokenização está revolucionando o mercado. É uma tecnologia que impulsiona novas possibilidades de negócios com confiabilidade, e atrai investimentos externos. O aumento da digitalização das ferramentas financeiras é uma realidade, por isso os tokens ainda têm muito para expandir”, analisou o consultor de Tecnologia e Negócios do Sicred, Fabrício Reis Furtado. 

SOBRE O CONCRED

O 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred) é um evento organizado pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras); correalização do SICOOB; apoio institucional do Sistema Ocemg e do Banco Central do Brasil; patrocínio master do Sistema OCB; patrocínio do Sebrae e BNDES — banco de desenvolvimento do Governo Federal. A iniciativa conta com investimento de todos os sistemas de cooperativas de crédito e outros parceiros, totalizando cerca de 70 organizações que acreditam no evento e no poder transformador do coop financeiro.