Saiba mais sobre a Resolução CMN 4.966/2021 durante o 15º Concred

Em dezembro de 2021, o mercado financeiro, incluindo as cooperativas de crédito, iniciaram uma jornada de três anos para implementação das alterações trazidas pela Resolução CMN 4.966/2021. Editada pelo Conselho Monetário Nacional, a norma renovou critérios contábeis, adequando-os a padrões internacionais. As novas obrigações passarão a valer a partir de janeiro de 2025.

O 15º Concred trará a questão para debate no Painel Coop Independente da trilha “Cenário Interno do Sistema Nacional de Cooperativismo de Crédito”. Especialistas no tema irão atualizar as cooperativas sobre os principais desafios nas etapas de adequação e incorporação de conceitos da norma internacional IFRS 9, conforme previsto na Resolução. 

Padrão Internacional

A IFRS 9 é uma norma contábil internacional que trata dos instrumentos financeiros nos seguintes aspectos: classificação e mensuração de ativos; cálculo de perdas esperadas; e regras para contabilidade de hedge, alinhando a gestão de riscos. 

Com a chegada das mudanças nos critérios contábeis, as cooperativas de crédito mergulharam na missão de desenvolver mecanismos de adequação que atendam à normativa e, especialmente, continuem a servir bem aos cooperados. 

Consultorias como a Bip Group têm auxiliado o sistema cooperativo a realizar ajustes para atender à nova regulamentação, que, segundo a especialista Flávia Ikuta, palestrante do 15º Concred, é uma das mais relevantes mudanças implantadas na base regulatória contábil nos últimos 25 anos. Entre os pontos de maior atenção, Flavia cita a gestão de mudanças e adaptações operacionais e sistêmicas.

A Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo de Funcionários de Instituições Financeiras Públicas Federais (Cooperforte) é um exemplo de coop que contratou o serviço especializado para um ajuste mais assertivo. 

Diretor executivo da Cooperforte há 15 anos e responsável pelas áreas de Tecnologia, Finanças e Pessoas, Kedson Macedo, também palestrante do 15º Concred, afirma que a organização já contava com metodologia de governança com estrutura segregada de riscos, controles e negócios e voltada às melhores práticas de mercado. Com isso, o atendimento consultivo teve maior foco na capacitação e equalização de conhecimentos.

Segundo ele, ficou mais fácil identificar os impactos e as adequações necessárias para atender à norma em questão. “A Cooperforte sempre foi conservadora na política de aprovisionamento de crédito e controle dos riscos de suas operações, razão pela qual prevemos impactos positivos na implantação dos preceitos da Resolução 4.966/2021”, relata Macedo.