Doze cooperativas receberão o Prêmio ProsperaCoop, criado para reconhecer e incentivar boas práticas ESG no cooperativismo financeiro

Na noite da quarta-feira (7/8), durante a solenidade de abertura, o 15º Concred terá uma programação especial para reconhecer os trabalhos de responsabilidade socioambiental e de governança das cooperativas de crédito. Será entregue o Prêmio ProsperaCoop, uma iniciativa da  Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), com apoio institucional do Banco Central do Brasil, lançada em abril de 2022, durante o 14º Concred. O prêmio integra o Programa ProsperaCoop da Confebras, formado por cursos e outras de capacitação em sustentabilidade e ESG — iniciativas voltadas ao ambiental, social e governança — para estimular a implantação de programas nessas áreas estratégicas para o desenvolvimento do nosso setor.

Cada vez mais engajadas na pauta ESG, as coops financeiras responderam ao desafio lançado pela Confebras. Tanto, que 152 projetos foram inscritos na primeira edição do Prêmio ProsperaCoop. Desses, 33 foram na categoria Meio Ambiente, 91 em Social, 16 sobre Governança e 12 no grupo Finanças Sustentáveis.

Os projetos passaram por duas etapas consecutivas de avaliação: análise técnica, sobre elegibilidade e atendimento de termos obrigatórios, e avaliação qualitativa, voltada ao atendimento de requisitos como os de mérito e relevância, conforme cada categoria.

Doze projetos foram selecionados. Os finalistas vão participar do 15º Concred, onde serão anunciados os vencedores nas três primeiras colocações. Quem levar o troféu ProsperaCoop para casa terá seu projeto divulgado no e nas redes sociais da Confebras, além de integrar um e-book sobre as melhores práticas sustentáveis do cooperativismo de crédito brasileiro.

Matriz de valores

O ProsperaCoop foi pensado de modo a priorizar a colaboração acima da competição, a simplicidade na execução, a transparência no processo e valor compartilhado para criar parcerias, condutas sincronizadas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, estratégicas para se ter cooperativas mais longevas e economicamente viáveis.

Na elaboração do prêmio, esses conceitos  foram estruturados em uma matriz direcionadora estratégica que, somada aos  Princípios do Pacto Global da ONU, compõe os critérios de avaliação do grau de sustentabilidade da iniciativa dentro do cooperativismo de crédito brasileiro.

Na categoria “Meio Ambiente”, pesam os quesitos Consciência Ambiental e Responsabilidade. Já na “Social” entram Equidade, Igualdade e Solidariedade. E em “Governança”, são avaliados pontos como Transparência, Liberdade, Honestidade e Democracia, que também integram os nove Valores do Cooperativismo. Além, outra categoria analisada foi a de  “Finanças Sustentáveis”.

Na base está a Intercooperação. Essência do cooperativismo mundial que sugere a parceria e o apoio mútuo como mecanismos para o fortalecimento recíproco.

Entendendo as categorias

Tendo como norte os sólidos princípios cooperativistas, o Prêmio ProsperaCoop detalhou cada área de categoria a ser avaliada. Os critérios conversam com essa gama de valores e preocupações universais. Confira:

Meio Ambiente — trouxe como preocupação questões como aquecimento global e emissão de carbono, poluição do ar e da água, biodiversidade, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e escassez de água, entre outras medidas de responsabilidade e consciência ambiental.

Social — voltou as atenções para a relação das coops com as pessoas do próprio universo. Nisso, avaliou ainda a satisfação dos clientes, proteção de dados e privacidade, diversidade e inclusão, engajamento, relacionamento com a comunidade, respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, além de outros quesitos que tratam de equidade, igualdade e solidariedade.

Finanças Sustentáveis — avaliou os investimentos direcionados a atividades e tomadas de decisão  ajustadas aos nove valores, de modo a contribuir para uma economia consciente e de baixo carbono. Respeito às pessoas e preservação ambiental também entraram na categoria, devido à incorporação aos temas ESG.

Governança — o foco, aqui, foi a boa administração do negócio. A estruturação de conselhos com diversidade e representatividade, existência de canais de denúncias, relações com entidades do governo e políticos, composição de comitês de auditoria, enfim, toda a conduta corporativa e métodos de remuneração de executivos foi avaliada em cada projeto inscrito.